domingo, 3 de dezembro de 2023

O anel de Giges

 

O anel de Giges

O anel de Giges é uma história contada por Platão na República para discutir se o homem agiria corretamente caso tivesse o poder de fazer maldade sem ser percebido. Num diálogo do livro, Glauco discorda de Sócrates e insiste que justiça e virtude não são de fato desejáveis em si mesmas. O importante é aparentar sem um homem justo e bondoso. Não é necessário ser de fato.

Em apoio a sua afirmação, Glauco oferece a seguinte história que sugere que a única razão pela qual as pessoas agem moralmente é que eles não têm o poder de se comportar de outra forma. Basta retirar o medo da punição, e a pessoa “justa” e “injusta” se comportará da mesma maneira: injustamente, imoralmente.

Veja o texto que descreve a história do anel de Giges:

“Giges era um pastor a serviço do rei de Lídia. Houve uma grande tempestade e um terremoto fez uma abertura na terra no lugar onde ele estava alimentando seu rebanho. Espantado com a visão, desceu até a abertura, onde, entre outras maravilhas, viu um cavalo oco de bronze, com portas. Giges então se agachou e viu o corpo de um homem com apenas um anel de ouro no dedo.  Ele pegou o anel e voltou para a superfície.

“Com esse anel no dedo, foi assistir à assembléia habitual dos pastores, que se realizava todos os meses, para informar ao rei o estado dos seus rebanhos. Tendo ocupado o seu lugar no meio dos outros, virou sem querer o engaste do anel para o interior da mão; imediatamente se tomou invisível aos seus vizinhos, que falaram dele como se não se encontrasse ali. Assustado, apalpou novamente o anel, virou o engaste para fora e tomou-se visível. Logo em seguida repetiu a experiência, para ver se o anel tinha realmente esse poder; reproduziu-se o mesmo prodígio: virando o engaste para dentro, tomava-se invisível; para fora, visível. Assim que teve certeza, conseguiu juntar-se aos mensageiros que iriam conversar  com o rei. Chegando ao palácio, seduziu a rainha, conspirou com ela a morte do rei, matou-o e obteve assim o poder.

“Agora suponha que existem dois anéis desta natureza e o justo recebesse um e o injusto outro. É provável que nenhum fosse de caráter tão firme para perseverar na justiça e para ter a coragem de não se apoderar dos bens de outra pessoa. Afinal, ele poderia tirar sem receio o que quisesse dos mercados e lojas, introduzir-se nas casas para se unir a quem lhe agradasse, matar uns, libertar outros da prisão e fazer o que quisesse, tornando-se igual a um deus entre os homens. Agindo assim, nada o diferenciaria do mau: ambos tenderiam para o mesmo fim. Isso é  uma grande prova de que ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação, não sendo a justiça um bem individual, visto que aquele que se julga capaz de cometer a injustiça comete-a. De fato, todo homem pensa que a injustiça é individualmente mais proveitosa que a justiça, e pensa isto com razão, segundo os partidários desta doutrina. Pois, se alguém recebesse a permissão de que falei e jamais quisesse cometer a injustiça nem tocar nos bens de outra pessoa, pareceria o mais infeliz dos homens e o mais idiota àqueles que soubessem da sua conduta; em presença uns dos outros, iriam elogiá-lo, mas para se enganarem mutuamente e por causa do medo de se tomarem vítimas da injustiça. Eis o que eu tinha a dizer sobre este assunto.”

Imagine por um momento que você está de posse de desse anel. Como você usaria isso? Se você tivesse uma garantia perfeita de que nunca seria pego ou punido, o que você faria?

Referência

Platão. A República. São Paulo: Editora Scipione, 2002.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Passo a passo para solicitar documentos e certificados na rede estadual

Passo a passo para solicitar documentos e certificados na rede estadual

Em 2016, mais de 700 mil alunos concluíram os Ensinos Fundamental e Médio na rede estadual de São Paulo. Para os estudantes que pretendem ingressar em curso de nível superior, mudar de escola ou participar de seleção de emprego, três documentos são essenciais. Para não perder os prazos, a orientação da Secretaria da Educação é solicitar o quanto antes os registros nas escolas ou Diretorias Regionais de Ensino. Veja como e para que servem:

Declaração
É o documento que atesta o resultado final obtido pelo aluno (aprovado ou reprovado) no ano letivo. Serve para efetuar a matrícula enquanto aguarda a emissão do histórico escolar. Também é válido para aqueles que procuram emprego ou estágio e precisam comprovar o horário de estudo. O documento deve ser solicitado na própria escola.
Histórico escolar
O material é responsável por detalhar toda a trajetória acadêmica do aluno, e pode ser solicitado a partir da conclusão do curso. Nas transferências para outra rede de ensino, o documento também é indispensável para garantir a continuidade do estudo no ciclo correto. O pedido deve ser feito na unidade onde está matriculado. Em caso de escolas que não funcionam mais, o interessado deve se dirigir à Diretoria de Ensino.
Certificado
Podem dar entrada da 1ª via, os alunos concludentes do Ensino Fundamental e Médio nas modalidades regular ou Educação de Jovens e Adultos (EJA). O documento é obrigatório para quem ingressa em universidades – no Brasil e em outros países. O certificado também é exigido em concursos públicos e como atestado de escolaridade em seleção de empregos.
Volta às aulas
Quem ainda não concluiu a educação básica e vai continuar na rede, fique atento ao calendário 2017. Neste ano, as atividades terão início no dia 2 de fevereiro. A data é a mesma em todas as 5 mil unidades de Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Faxineiro da Microsoft

Foto de um rapaz varrendo o chão
Um homem que estava desempregado, entra num concurso da Microsoft para ser faxineiro. O Gerente de RH o entrevista, faz um teste (varrer o chão) e lhe diz: "O serviço é seu, me dê seu e-mail e eu lhe enviarei a ficha pra preencher, e a data e hora em que deverá se apresentar para o serviço." O homem, desesperado, responde que não tem computador, e muito menos, e-mail. O Gerente de RH, disse que lamenta, mas se não tiver e-mail, quer dizer que virtualmente não existe, e, como não existe, não pode ter o trabalho.

O homem sai, desesperado, sem saber o que fazer; somente tem R$ 10 no bolso. Então decide ir ao supermercado e comprar uma caixa de 10 quilos de tomates. Bate de porta em porta vendendo os tomates a quilo, e, em menos de duas horas, tinha conseguido duplicar o capital. Repete a operação mais três vezes e volta a casa com R$ 60. Então, ele verifica que pode sobreviver dessa maneira, sai de casa cada dia mais cedo e volta a casa mais tarde, e assim triplica ou quadruplica o dinheiro a cada dia. Pouco tempo depois, compra uma Kombi, depois troca por um caminhão e pouco tempo depois chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição.

Passados 5 anos, o homem é dono de uma das maiores distribuidoras de alimentos dos Estados Unidos. Pensando no futuro da sua família, decide fazer um seguro de vida. Chama um corretor, acerta um plano e quando a conversa acaba, o corretor lhe pede o e-mail para enviar a proposta. O homem disse que não tem e-mail. Curioso, o corretor lhe disse: "Você não tem e-mail e chegou a construir este império, imagine o que você seria se tivesse e-mail!" O homem pensa e responde: "Seria faxineiro da Microsoft!"

Moral da história 1: A Internet não soluciona sua vida!

Moral da história 2: Se você quer ser faxineiro da Microsoft, procure ter um e-mail.

Moral da história 3: Se você nao tem e-mail e trabalha muito, pode ser milionário. 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Medidas devem ser tomadas para que exploração não afete o meio ambiente


O que era visto como uma possível solução para os problemas econômicos da região de Presidente Prudente é motivo de preocupação para os ambientalistas e culminou em uma ação civil pública ajuizada pelo MPF (Ministério Público Federal). A exploração de gás folhelho, conhecido como xisto no oeste paulista, fruto de uma rodada de licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis), preocupa o órgão federal e ambientalistas da região.
Segundo o procurador da república, Luís Roberto Gomes, autor da ação, a inicial foi protocolada “tendo em vista os potenciais danos ao meio ambiente, aos recursos hídricos da região, à saúde humana e à atividade econômica regional”. Conforme noticiado neste diário, a técnica consiste na aplicação de uma “injeção” de água misturada com areia e produtos químicos para provocar a fratura da rocha, líquido que pode contaminar o solo e os recursos hídricos, em especial o Aquífero Guarani, que corta a região. Já a ANP informa que “analisará qual medida irá tomar” quando for notificada pela Justiça sobre a ação.
É importante que haja pessoas preocupadas com o meio ambiente e com as consequências de atos que podem prejudicar o mesmo. Profissionais da área devem fazer esta fiscalização para que a mãe natureza sempre saia beneficiada. Conforme o procurador, a medida se dá enquanto não houver a prévia regulamentação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e a realização de Estudos de Impacto Ambiental e a devida publicidade da AAAS (Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares), cujos resultados vinculem eventual exploração dos correspondentes blocos, dando oportunidade para a participação popular e técnica dos interessados e dos impactados diretamente pela exploração.

A atitude do MPF é de cautela, já que isso nunca ocorreu na região e há a possibilidade de uma contaminação de solo e recursos hídricos, em especial o Aquífero Guarani, uma das riquezas da localidade. O que se espera é que todas as medidas cabíveis sejam tomadas para que nenhum passo desta exploração atinja o meio ambiente de forma negativa, principalmente o aquífero. E que todo bom fruto da possível exploração seja com a “consciência tranquila” de que a mãe natureza não foi afetada e machucada.

sábado, 8 de março de 2014

NPK SIGNIFICA NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO.

NPK SIGNIFICA NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO.
Embora não sejam estes elementos N, P e K que venham individualizados nos adubos, eles vem nas seguintes formas:
Estes três nutrientes são vendidos em sacos de adubos ou fertilizantes para fins agrícolas, nas formas de N-P2O5-K2O, divididos em percentagens. Por exemplo, 10-10-10 (equivalente a 10% de N, 10% de P2O5, 10% de K2O), 4-14-8 (equivalente a 4% de N, 14% de P2O5, 8% de K2O), etc. O agricultor ou jardineiro escolhe a composição N-P2O5-K2O do fertilizante consoante as quantidades de nutrientes de que a sua planta precisa.
O N geralmente vem na forma de uréia, Nitrato de amônio ou sulfato de amônio, conforme o fabricante do fertilizante.
O P vem de fontes de fósforo, e entre as mais indicadas são, entre outras: o termofosfato yoorin, cerca de 17% a 18% de P2O5 total; os hiperfosfatos Arad, 33% de P2O5 total; e Gafsa, 29% de P2O5 total; e alguns fosfatos parcialmente solubilizados.
Ainda tem os superfosfatos triplo, simples e de amônio (MAP e DAP) que também dependendo do fabricante, vem numa ou noutra forma.
Quanto ao K, no Brasil, dentre os adubos potássicos, o cloreto de potássio (KCI), com 60% de K2O e 45% de cloro, supre cerca de 95% do total de potássio aplicado nas plantas cultivadas no país. O sulfato de potássio, com 52% de K2O e 18% de enxofre, também pode ser usado onde houver deficiência de enxofre.
ABAIXO, A IMPORTÂNCIA DE CADA ELEMENTO PARA AS PLANTAS.
Nitrogênio – símbolo N - É o principal agente do crescimento das plantas e do desenvolvimento foliáceo. A maior parte do nitrogênio a planta absorve nas primeiras fases da sua vida e deixa armazenado em seus tecidos de crescimento. A falta desse elemento nessa fase inicial retarda o crescimento e conseqüentemente a produção. Podemos, no geral, perceber que a falta de nitrogênio deixa a folha com a cor verde pálida ou verde amarelada enquanto o excesso produz abundante folhagem de coloração verde- escura.
Fósforo – símbolo P - Sua presença é indispensável para a planta transformar os hidratos de carbono em açúcares. O Fósforo participa ativamente do processo de divisão das células. É um dos agentes direto da formação da clorofila e ainda aumenta o desenvolvimento radicular propiciando à planta maior capacidade de absorver os elementos férteis do solo. Age diretamente na qualidade dos frutos e maturação das sementes e a deficiência desse elemento pode ser percebida quando as folhas tomam uma coloração arroxeada.
Potássio – símbolo K - Indispensável à produção dos amidos e açúcares, e para a respiração e desenvolvimento das raízes. Sem ele a planta não se desenvolve. Fica ali atrofiada.
O Potássio é absorvido pela planta em menor quantidade e fica acumulado nas folhas e nos talos mais que nos frutos.
No inicio desta matéria eu falei: Os adubos NPK podem ser comprados em diferentes fórmulas ou até mesmo se mandar preparar uma fórmula em que sobressaia o elemento que desejamos e até enriquecidos com micro-nutrientes. Pois é ai que entra a classificação dos fertilizantes: Fertilizantes nitrogenados, fertilizantes potássicos e fertilizantes fosfatados. Já sabemos que o(N) Nitrogênio, (P)Fósforo e (K) potássio são os 3 elementos mais exigidos por qualquer planta.
Quando em uma fórmula o elemento em maior quantidade é o Nitrogênio, falamos que esse fertilizante é nitrogenado e é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento. São ótimos para as folhagens em geral, gramados. A fórmula será expressa em porcentagem e assim quando expressamos: A Uréia tem 45% de Nitrogênio, estamos falando que de cada 100 quilos de Uréia, 45 são de Nitrogênio.
Quando o elemento de maior quantidade é o Fósforo, falamos que é um fertilizante fosfatado e que este estimula o surgimento de raízes, o aumento das floradas e, conseqüentemente da frutificação e produção de sementes. A aplicação de adubos fosfatados é muito importante em regiões onde ocorrem geadas, pois ele vai aumentar a resistência das plantas ao frio e alem disso vai apressar a maturação dos frutos.
Quando o elemento dominante é o Potássio (K) vai contribuir na formação de tubérculos, rizomas, fortalecer os tecidos vegetais e aumentar a resistência contra a seca. Por dar maior consistência à planta vai tornar a mesma mais resistente contra pragas e doenças.
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Existem formulações diferentes de fertilizantes NPK, baseadas na sua finalidade. Em geral, usa-se:
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NPK 4-14-8 (4 partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio) para espécies que produzem flores e frutos. Ex. hibisco, azaléias, violetas, cítricos como a laranjeira, legumes, etc. Além disso, segundo a maioria dos fabricantes, esta formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio dos vegetais, no preparo do solo, pois o alto teor de fósforo proporciona uma melhor formação e desenvolvimento das raízes e estrutura das plantas.
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NPK 10-10-10 (partes iguais dos 3 elementos) para espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Segundo os fabricantes, esta formulação também é ideal para ser aplicada em plantas já formadas, na forma de cobertura. Neste caso, pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas.
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NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio), rica em potássio, esta formulação é considerada bem prática, pois pode ser usada também no cultivo hidropônico, sendo indicada especialmente para hortas.

terça-feira, 4 de março de 2014

O IMPACTO DA SINTESE DA AMÔNIA

 O processo de síntese da amônia, criado por Fritz Haber e transportado para escala industrial por Carl Bosch (1874-1940), permitiu à Alemanha resistir ao cerco dos aliados, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Como uma substância química pode ter atuação assim tão relevante? Isso se liga à facilidade com que pode ser submetida a uma grande variedade de transformações. A amônia é matéria-prima para muitas outras substâncias. A sua reação com oxigênio, por exemplo, catalisada por platina, leva ao ácido nítrico. A neutralização do ácido nítrico com a amônia origina o nitrato de amônio. Esse é um material estratégico, porque pode ser empregado como adubo, na agricultura, ou como explosivo, para fins militares. A Alemanha sitiada não podia trazer do exterior o salitre, fonte natural de nitrato para fertilizantes e munição. Mas, qualquer que fosse o cerco imposto, os aliados jamais conseguiriam cortar os suprimentos de água e ar do país e, menos ainda, impedir que as pessoas usassem seu conhecimento tecnocientífico. O ar fornece o nitrogênio, e o hidrogênio é obtido da água (por eletrólise ou decomposição catalisada). Dispondo dos reagentes de partida do processo Haber, o resto é química. Os aliados sofreram bem mais as conseqüências do cerco imposto do que os próprios alemães. Isto porque os aliados não tinham acesso a corantes, remédios, vidros especiais, reveladores e materiais fotográficos, produzidos e exportados pela diversificada indústria química germânica. Isso deu chance a casos pitorescos, como o do submarino alemão Deutschland, que, em 1916, por duas vezes, furou o cerco para transportar corantes da Alemanha para a indústria têxtil dos Estados Unidos. Todas essas circunstâncias mudaram as atitudes do resto da Europa e da América do Norte para com a ciência e, em particular, para com a química. Após a Primeira Guerra Mundial, passaram a dar mais destaque à investigação química, nas universidades e nas indústrias. Quando da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os centros de pesquisa e as indústrias químicas européias e norte-americanas atenderam não só à demanda de explosivos e de reagentes especiais, mas também à de isótopos puros para as novas armas nucleares, metais leves, borrachas sintéticas, combustíveis de aviação, óleos e gorduras sintéticos. As competitivas associações industriais alemãs nos ramos metalúrgico, mecânico e químico terminaram seus dias com o fim da Segunda Guerra Mundial. Por decisão dos aliados vitoriosos, foram desmanteladas com o objetivo de "tornar impossível qualquer ameaça futura aos vizinhos da Alemanha ou à paz mundial". A proeminente IG Farben foi dividida em três empresas menores; a Bayer, a Basf e a Hoechst. Herdeiras das sólidas infra-estruturas e do saber-fazer, elas passaram a ter papéis de destaque entre as transnacionais do ramo químico e, hoje, exercem liderança em escala global.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Adolescente com câncer terminal grava música de despedida

Certo de que tem pouco tempo de vida, um adolescente de 17 anos compôs uma música para se despedir da família e amigos. Zach Sobiech, da cidade de Lakeland, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, publicou a canção na internet.
Zach tem um raro tipo de câncer nos ossos, diagnosticado em 2009. Segundo a emissora americana Fox News, os médicos deram no máximo mais um ano de vida ao adolescente. Ele enfrentou meses de quimioterapia, quatro cirurgias no pulmão, uma no quadril e outras operações menores.
Há pouco tempo, os médicos descobriram que o câncer se espalhou pela pélvis e pulmões do adolescente. Não há mais opções de tratamento. A maneira que Zach encontrou para se despedir foi por meio da música.

LIÇÃO DE VIDA O MUNDO DÁ VOLTAS!

Em meio a tantos problemas, preocupações e stress, o simples ato de fazer o bem ao próximo é esquecido. Talvez no dia que o ser humano realmente aprender o que é o amor ao próximo, as coisas iram melhorar 100%. Por enquanto, desde que se tem noticias da presença do homem na terra, e não é pouco tempo, está longe disso acontecer, e ao meu ver a convivência entre pessoas só tem piorado. Está na hora disso mudar.
"-Trabalho de caridade e de serviço à comunidade são ferramentas de valor inestimável para melhorar nosso mundo, mas a bondade é mais do que boas ações ou voluntariado sozinho. A bondade é a empatia, compaixão e conexão humana, é um sorriso, um toque ou uma palavra de consolo. Mesmo o menor gesto pode clarear um dia escuro ou aliviar um fardo pesado.-" Por Life Vest Inside.

O PARAFUSO DE CABEÇA SEXTAVADA

Na Idade Média, ninguém poderia ser considerado como de nível superior se não tivesse enfrentado o estudo dos sete caminhos (vias) das artes liberais: oTrivium (Gramática, Retórica e Dialética) e oQuadrivium (Aritmética, Geometria, Astronomia e Música).
Dá para notar o quão antiga é a clássica divisão entre a área de Humanas (Trivium) e a de Exatas (Quadrivium).
Para os que estranham a inclusão da Música na área de exatas, gostaria de lembrar que a Teoria Musical é um ramo da Matemática.

 


Obviamente, as artes do Trivium eram muito mais fáceis de serem assimiladas que as do Quadrivium, por isso que, até hoje, quando algo é muito fácil e óbvio dizemos que é “trivial”.
Mesmo que seja desagradável e embaraçoso de admitir, todos nós sabemos que um dos mais graves defeitos dos professores no Brasil é a focalização exclusiva no Trivium ou no Quadrivium.

É um absurdo que um professor de Matemática cometa erros de concordância ou que uma professora de Redação não saiba resolver um sistemazinho de duas equações a duas incógnitas.
Note que não estou exigindo um profundo conhecimento de nível superior. Estou pedindo, apenas, que o professor saiba o que supostamente aprendeu quando completou o Ciclo Básico.
A causa dessa distorção? Simples, nós professores fomos também vítimas de um sistema no qual o importante era tirar nota, e não aprender!
Mas, agora que você aprendeu que seu cérebro é um maravilhoso computador dotado de uma plasticidade que permite reconfiguração em qualquer idade, que tal ampliar seus horizontes?
E uma excelente oportunidade está no seu envolvimento nessa maravilhosa tarefa de criar, no aluno, o prazer pela leitura.
Além de ampliar o leque no quesito título e autores, que tal ampliá-lo, também, no quesito GÊNERO LITERÁRIO?
Até agora a escolha do gênero esteve nas mãos do pessoal do Trivium, o que gerou um leque de opções muito limitado.

A chamada literatura, enfatizada em nossas faculdades de Letras e ensinada por professores dos quais eu desconfio que não gostem de ler, é duplamente limitada.
Limitada nos autores que, por uma questão de chauvinismo, devem ser exclusivos do idioma português  e limitada no gênero, muito mais vitral do que vidraça.
É uma literatura pedante e, vamos admitir, salvo raras exceções… chata!
Mas será que existe um gênero literário que consiga abranger o Trivium e o Quadrivium?
Claro que existe: a eternamente injustiçada Ficção Científica.

A chamada literatura, enfatizada em nossas faculdades de Letras e ensinada por professores dos quais eu desconfio que não gostem de ler, é duplamente limitada.
Limitada nos autores que, por uma questão de chauvinismo, devem ser exclusivos do idioma português  e limitada no gênero, muito mais vitral do que vidraça.
É uma literatura pedante e, vamos admitir, salvo raras exceções… chata!
Mas será que existe um gênero literário que consiga abranger o Trivium e o Quadrivium?
Claro que existe: a eternamente injustiçada Ficção Científica.

Podemos, então, matar dois coelhos com uma cajadada. Propor aos jovens obras que, além de criar o prazer pela leitura, criem o interesse pela ciência em um país excessivamente bacharelesco e, ao mesmo tempo, fazer os professores juntar o Triviumcom o Quadrivium!
Mas por que a FC sofre tanto preconceito sendo considerada, pelos críticos literários, uma forma de subliteratura?
Simples! É porque um crítico literário é alguém da turma do Trivium e não tem nível intelectual nem formação para perceber a beleza de algo que só pode ser apreciado por alguém do Quadrivium!
Um grande autor norte-americano de FC, Orson Scott Card, certa vez me explicou de forma didática o porquê dessa ignorância:
— Imagine um mecânico que foi treinado para desmontar um equipamento de forma a poder analisá-lo. — Começou Orson em um português surpreendentemente fluente. — É o que faz o crítico. Desmonta o texto usando as ferramentas nas quais foi treinado quando fez curso de Letras.
— Mostraram a ele uma chave de fenda e um parafuso em cuja cabeça está entalhada uma fenda. — Continuou Orson. — Isso é um parafuso —disseram a ele.

— E essa é a ferramenta que você vai usar para afrouxá-lo.

 

Aí ele deu a explicação que me fez entender o porquê do preconceito:
— Se aparecer um parafuso de cabeça sextavada, ele não vai admitir que não possua a ferramenta adequada. Ele vai é dizer “Isso não é um parafuso!”

 

 

Quando uma obra-prima de FC é apresentada a um desses limitados críticos, ele vai entender a parte doTrivium e vai ficar muito perplexo com o Quadrivium.
O que ele diz?
— Isso não é literatura!
Por outro lado, se a parte do Trivium for suficientemente dominante na obra para que nosso limitado crítico possa apreciá-la mesmo sem entender ou apreciar o Quadrivium, ele simplesmente vai dizer:
— Isso não é FC, é literatura!
É o que acontece, por exemplo, com Admirável Mundo Novo, de Huxley, ou O Homem Ilustrado, de Ray Bradbury.

 

fonte: http://www.neuropedagogia.org/PARAFUSO.html

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Motivos para não mudarmos a idade penal


A Historia do calendário.

JANEIRO
Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão.
FEVEREIRO
O nome se referia a um rito de purificação, que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia realizada pelos romanos, sacrificando animais em homenagem aos deuses do panteão.
MARÇO
Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação. Martius era o mês da semeadura nos campos.
ABRIL
Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. Outra hipótese é a de que tenha se originado de aperio, “abrir” em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.
MAIO
Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Maio era chamado por Ovídio de “o mês do conhecimento”.
JUNHO
Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.
JULHO
Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C. o senado romano mudou o nome para Julius, em homagem a Júlio César.
AGOSTO
Antes era sextilis, “o sexto mês”. De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augusto foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 A.C. – 14 d.C.).
SETEMBRO A DEZEMBRO
Para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa “sete”. Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo), novembro de November (nono) e dezembro de December (décimo mês).
Fonte: Aventuras na História 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Louis Braille, inventor da escrita para deficientes visuais, morre em 1852

 

A 6 de janeiro de 1852, Braille fechava os olhos para sempre. Cego desde os três anos, o francês desenvolveu, ainda adolescente, o sistema de escrita para deficientes visuais mais difundido atualmente em todo o mundo.
"Nossa principal preocupação deve ser ensinar os cegos a ler", dizia Valentin Haüy, fundador da primeira escola para cegos do mundo, em Paris. Ele observara que as folhas impressas em sua gráfica exibiam no reverso todas as letras em relevo, só que invertidas. Haüy usou esse princípio para imprimir livros em relevo, com escrita palpável.
Foi assim que tudo começou. Mas as letras em relevo de Haüy só podiam ser lidas a dedo com muita dificuldade. Isso também não mudou com uma escrita desenvolvida na Alemanha, que substituía o alinhamento de letras pela justaposição de pontos isolados. Influenciados pelo fato de terem visão perfeita, os primeiros inventores da escrita para cegos seguiam a lógica da escrita normal.
O cego Louis Braille, porém, revolucionaria as pesquisas nessas área. Nascido a 4 de janeiro de 1809, na pequena cidade francesa de Coupvray, no distrito de Seine-et-Marne, a cerca de 45 km de Paris, Braille era cego desde os três anos de idade. Ele ferira o olho esquerdo ao tentar perfurar um pedaço de couro na oficina do pai. A infecção produzida pelo acidente expandira-se e atingira o outro olho, provocando a cegueira total.
Estudo
Apesar disso, inicialmente Braille frequentou uma escola para crianças com visão normal, onde se destacou como aluno aplicado. Em 1820, pediu transferência para o instituto de crianças cegas de Paris, fundado 40 anos antes por Valentin Haüy.
Logo notou que os meios e métodos usados à época no ensino para deficientes visuais ainda eram muito lentos. Isso se devia, principalmente, à baixa velocidade de leitura permitida pela escrita em relevo. Sua primeira tentativa para mudar este incômodo sistema foi usar as letras recortadas em couro.
Por influência da concertista cega Teresa von Paradis, Braille passou a estudar música. Como músico, conseguiu fundos para levar adiante suas pesquisas em torno de um novo sistema de leitura.
Seis pontos
Ainda como colegial, Braille testou uma nova escrita e, em 1825, com apenas 16 anos de idade, apresentou seu sistema de seis pontos. Depois de aperfeiçoá-lo, Braille descobriu que podia usá-lo na aritmética, álgebra e até na música.
A chamada "célula braille" é composta de seis pontos, em relevo, dispostos em duas colunas de três. As combinações destes pontos permitem representar todo o alfabeto, incluindo os acentos, números e a pontuação.
Reconhecimento
Como professor auxiliar no instituto de Paris, Braille demonstrou a utilidade prática do sistema de seis pontos, que em 1830 passou a integrar a escrita escolar e rapidamente melhorou o desempenho dos alunos cegos. A propagação e o reconhecimento oficial da nova escrita, porém, só viriam muito mais tarde.
Somente após a morte precoce de Braille, a 6 de janeiro de 1852, alguns franceses iniciaram uma campanha para transformar seu sistema em padrão europeu. Na Alemanha, foi adotado no ensino para cegos em 1879. Em 1951, a Unesco criou seu código internacional oficial do braille e fundou o Conselho Mundial Braille, a fim de uniformizar a escrita para cegos em todo o mundo.
Para as organizações internacionais dos cegos, o desenvolvimento da anagliptografia, como também é chamado o braille, significou uma revolução cultural semelhante à invenção da imprensa por Gutenberg. "A escrita de pontos possibilitou literalmente o acesso dos cegos à grande parte da educação que antes lhes era inacessível", diz Hans Werner Lange, diretor da Associação dos Cegos da Baixa Saxônia.
Realidade
Apesar de muitas barreiras terem caído, as estatísticas provam que o acesso dos cegos à educação ainda é relativo. Apenas cerca de 25% dos 155 mil cegos da Alemanha sabem ler em braille. Isso, porém, se deve ao grande número de idosos. Mais de 70% dos deficientes visuais graves têm mais de 65 anos, idade em que o tato se torna menos aguçado, o que dificulta o aprendizado de uma nova escrita. Essas pessoas informam-se principalmente através do rádio, da tevê e de livros sonorizados.
"O rádio e a tevê, porém, de forma alguma podem substituir a palavra escrita. Mesmo na era do processamento eletrônico de dados, o braille mantém o valor que tinha quando só existia o livro.

domingo, 11 de setembro de 2011

Quem inventou as horas?


Pergunta:

- Quem inventou o relógio?
Quando foi inventado e porque o homem precisou medir o tempo?

Resposta:

- Na verdade não tivemos um "inventor" do relógio. Muita gente, com as mais variadas invenções contribuiu para que chegássemos aos relógios atuais.
A marcação do tempo sempre foi uma necessidade para o homem. Ele precisava marcar o tempo gasto em uma viagem, para fazer determinada tarefa ou para saber quando chegaria a noite.
As primeiras medições foram feitas usando o nosso relógio natural: o Sol. Os gregos há mais de 5000 anos usavam o gnomon, com esta finalidade (veja em Ensaios - Os Relógios de Sol).
Para se medir o tempo no decorrer da noite eram usadas as estrelas. Mais tarde apareceram as clepsidras (relógios de água) usadas pelos egípcios e as velas graduadas dos hebreus.
Um grande avanço se deu com a invenção das ampulhetas de areia, mais precisas e mais fáceis de manusear. As ampulhetas foram usadas por todos os antigos navegantes, para a medição da velocidade dos barcos e da duração dos "quartos" (tempo de serviço de cada marinheiro) e foram espalhadas por todo o mundo conhecido da época.
Este é um grande problema para a navegação, já que não é possível determinar a longitude sem o conhecimento da hora de um porto de referência. Os marinheiros podiam determinar o meio dia local pela altura do Sol, e a latitude ao Norte ou Sul do equador, mas não havia uma maneira de determinar a longitude.
É interessante notar que esta foi uma das causas do descobrimento do Brasil.
Em seguida apareceram os primeiros relógios mecânicos. Estes relógios não tinham ponteiros e somente batiam um marcador e o sineiro tocava o sino nas horas inteiras. Funcionavam com pesos, por isso eram construídas torres para os relógios. Davam erros muito grandes (+/- 1/2 hora por dia) e eram acertados todos os dias ao meio-dia.
Em 1335 foi instalado o primeiro relógio com mostrador e um ponteiro em Milão, na Itália. O ponteiro dos minutos só apareceu em 1670. Na Inglaterra o primeiro foi o da catedral de Salisbury, em 1386.
Com a descoberta das propriedades do pêndulo por Galileu em 1582, os relógios ficaram muito mais precisos. O primeiro foi construído por Christian Huygens em 1656.
Mas um grande problema da navegação persistiu: relógios de pêndulos não funcionam a bordo de navios, devido ao seu balanço.
Em 1676 Willian Clement, um relojoeiro inglês construiu o primeiro relógio com pêndulo curto e ele pôde ser colocado dentro das casas. Muitos destes relógios foram trazidos para o Brasil.
A Inglaterra, possuidora da maior esquadra do mundo na época, decidiu então oferecer um valioso prêmio a quem solucionasse o problema.
Somente no final do século 17 apareceram duas soluções: uma tabela astronômica de ocultações de estrelas pela Lua e dos satélites de Júpiter e o escapamento tipo âncora, a roda de balancim e escapamento usada nos relógios mais modernos que foi inventada por Edmund Beckett e usada pela primeira vez no relógio da torre do Parlamento de Londres, erroneamente chamado de Big-Ben (Big-Ben é o nome do sino que bate as horas).
Os suíços diminuíram o tamanho do relógio, criando os relógios de bolso.
Santos Dumont, o brasileiro inventor do avião, também deu a sua contribuição: inventou o relógio de pulso. Como não podia usar as mãos durante os vôos, prendeu um relógio Cartier no braço. Mais tarde ele encomendou à fábrica Cartier um relógio próprio para ser usado no pulso.
Outra grande revolução veio em 1929, com a invenção dos relógios eletrônicos, de alta precisão. Estes relógios usam a oscilação natural de um cristal de quartzo. Apesar de inventado na Europa, foi divulgado com sucesso pelos japoneses e tomaram conta do mundo na década de '60 devido à sua precisão.
Hoje, o relógio mais preciso é o relógio atômico, que conta eletronicamente as oscilações do átomo de césio e tem um erro de apenas um segundo por século.
O Observatório Nacional tem um relógio atômico no Serviço de Tempo, que mantém e divulga a hora oficial do Brasil.

Marcelo Moura - Observatório Phoenix


terça-feira, 12 de julho de 2011