quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Medidas devem ser tomadas para que exploração não afete o meio ambiente


O que era visto como uma possível solução para os problemas econômicos da região de Presidente Prudente é motivo de preocupação para os ambientalistas e culminou em uma ação civil pública ajuizada pelo MPF (Ministério Público Federal). A exploração de gás folhelho, conhecido como xisto no oeste paulista, fruto de uma rodada de licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis), preocupa o órgão federal e ambientalistas da região.
Segundo o procurador da república, Luís Roberto Gomes, autor da ação, a inicial foi protocolada “tendo em vista os potenciais danos ao meio ambiente, aos recursos hídricos da região, à saúde humana e à atividade econômica regional”. Conforme noticiado neste diário, a técnica consiste na aplicação de uma “injeção” de água misturada com areia e produtos químicos para provocar a fratura da rocha, líquido que pode contaminar o solo e os recursos hídricos, em especial o Aquífero Guarani, que corta a região. Já a ANP informa que “analisará qual medida irá tomar” quando for notificada pela Justiça sobre a ação.
É importante que haja pessoas preocupadas com o meio ambiente e com as consequências de atos que podem prejudicar o mesmo. Profissionais da área devem fazer esta fiscalização para que a mãe natureza sempre saia beneficiada. Conforme o procurador, a medida se dá enquanto não houver a prévia regulamentação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e a realização de Estudos de Impacto Ambiental e a devida publicidade da AAAS (Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares), cujos resultados vinculem eventual exploração dos correspondentes blocos, dando oportunidade para a participação popular e técnica dos interessados e dos impactados diretamente pela exploração.

A atitude do MPF é de cautela, já que isso nunca ocorreu na região e há a possibilidade de uma contaminação de solo e recursos hídricos, em especial o Aquífero Guarani, uma das riquezas da localidade. O que se espera é que todas as medidas cabíveis sejam tomadas para que nenhum passo desta exploração atinja o meio ambiente de forma negativa, principalmente o aquífero. E que todo bom fruto da possível exploração seja com a “consciência tranquila” de que a mãe natureza não foi afetada e machucada.