O
que era visto como uma possível solução para os problemas econômicos da região
de Presidente Prudente é motivo de preocupação para os ambientalistas e
culminou em uma ação civil pública ajuizada pelo MPF (Ministério Público
Federal). A exploração de gás folhelho, conhecido como xisto no oeste paulista,
fruto de uma rodada de licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Bicombustíveis), preocupa o órgão federal e ambientalistas da região.
Segundo
o procurador da república, Luís Roberto Gomes, autor da ação, a inicial foi
protocolada “tendo em vista os potenciais danos ao meio ambiente, aos recursos
hídricos da região, à saúde humana e à atividade econômica regional”. Conforme
noticiado neste diário, a técnica consiste na aplicação de uma “injeção” de
água misturada com areia e produtos químicos para provocar a fratura da rocha,
líquido que pode contaminar o solo e os recursos hídricos, em especial o
Aquífero Guarani, que corta a região. Já a ANP informa que “analisará qual
medida irá tomar” quando for notificada pela Justiça sobre a ação.
É
importante que haja pessoas preocupadas com o meio ambiente e com as
consequências de atos que podem prejudicar o mesmo. Profissionais da área devem
fazer esta fiscalização para que a mãe natureza sempre saia beneficiada.
Conforme o procurador, a medida se dá enquanto não houver a prévia
regulamentação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e a realização de
Estudos de Impacto Ambiental e a devida publicidade da AAAS (Avaliação
Ambiental de Áreas Sedimentares), cujos resultados vinculem eventual exploração
dos correspondentes blocos, dando oportunidade para a participação popular e
técnica dos interessados e dos impactados diretamente pela exploração.
A
atitude do MPF é de cautela, já que isso nunca ocorreu na região e há a
possibilidade de uma contaminação de solo e recursos hídricos, em especial o
Aquífero Guarani, uma das riquezas da localidade. O que se espera é que todas as
medidas cabíveis sejam tomadas para que nenhum passo desta exploração atinja o
meio ambiente de forma negativa, principalmente o aquífero. E que todo bom
fruto da possível exploração seja com a “consciência tranquila” de que a mãe
natureza não foi afetada e machucada.